Este espaço foi criado para a exposição de alguns pensamentos sobre música e outros assuntos do cotidiano.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
“Hypael” Jackson
Eu sei que o que vou falar é meio óbvio. Mas aqui vai só para constar: bastou o Michael Jackson morrer, para rolar o maior “hype” em cima da obra dele. Sábado mesmo, eu estava num casamento pra lá de popsônico e todas as três vezes em que alguma música do “Rei do Pop” tocou, a pista simplesmente bombou. Eram velhos, jovens e crianças, todos correndo para se sacolejar – e fazer o moonwalk (isso talvez seja o pior) - ao som de Beat It, ou Bad, ou Don’t Stop ‘Till You Get Enough.
Domingo, estava num restaurante e vi um grupo de pessoas conversando sobre o “Maicon” também. E aí, notei o poder de um artista tão gigantescamente popular: todos contavam algumas de suas experiências ao som do “Rei do Pop”, como se reivindicassem para si a exclusividade da intimidade com o ídolo. O pior é que, uma hora, o papo passou a ser sobre os 50 anos de carreira do Roberto Carlos e, no final, eu não sabia nem mais de qual Rei – o do Pop ou o da Jovem Guarda – eles estavam falando.
Bom, mas o fato é que Michael Jackson se foi e, agora, todos sentem falta dele – mesmo que não dessem a mínima bola para o que o ídolo estivesse fazendo musicalmente nos últimos 20 anos. É a tal necrofilia da arte, que “valoriza” a obra do artista depois de sua morte.
Até eu já sofri isso na pele, de uma forma muito louca e numa escala milhões de vezes menor. Quando a minha pequena e desconhecida ex-banda acabou, fui abordado por um amigo que me disse achar “deprê” o fim do grupo. Eu resolvi retrucá-lo: – Poxa, mas você nem ia mais ao nosso show. Que diferença faz? Ele, então, reconheceu que eu havia colocado um “ponto interessante”.
Ou seja, muitas vezes parece que lamentamos o fim somente por ele representar... o fim – não importa de quê, exatamente. Eu mesmo me incluo neste grupo dos que gostam que as “coisas estejam sempre à disposição”.
Por último, permitam-me cometer uma heresia neste momento de comoção e confessar-lhes: – Acho que estou ficando meio de saco cheio desse papo de Michael Jackson. Simplesmente, cansou. Não quero saber o que vão fazer com o dinheiro dele, o que vai acontecer com os filhos, nem se ele tomou remédios demais ou de menos. Ah, e o mais importante: não agüento mais ver tentativas de moonwalk nas pistas de dança!!!
Já que o enterro demorou tanto para acontecer, bem que podiam ter sepultado esse oba-oba junto com o corpo do “Rei do Pop”.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O Ian curtis é que sabia das coisas...
ResponderExcluirah, eu concordo que o fim do prot(o) é deprê (e eu ainda ia nos shows)! hehehe
abs
Valeu a visita, Miguel. O fim do Prot(o) foi só um começo (rs), não sei de quê. Abs.
ResponderExcluirUé, o Prot(o) acabou? Pena...
ResponderExcluirEstava conversando com um amigo no final de semana justamente sobre isso. É impressionante porque ele não tinha boa vendagem de disco há tempos. E agora bate recordes. Vai entender. No meu blog mesmo, os acessos aumentaram muito só por conta das buscas de "Michael Jackson".
ResponderExcluirMas acho que já deu mesmo...
Sinceramente, quando eu soube da notícia, eu botei muita fé que teria sido a grande jogada publicitária-virada-de-carreira do MJ. Estilo 11/9, sabe? Tão absurda que nego não bota fé que é real. Se eu estou certo ou não, veremos nos próximos anos, se o mr. Jackson será o próximo 2-Pac. Este último, lançou muito mais coisa depois de sua morte... hahahahaha...
ResponderExcluirPor falar em moonwalk...
ResponderExcluirvisitem
www.eternalmoonwalk.com
Abraços!
Fala, Fu. O Prot(o) acabou, sim, ou, pelo menos, entrou em recesso indeterminado.
ResponderExcluirValeu a visita Fernando, Zeca e Joaquim.
abs.
MJ se foi, eternizou, agora.. acabou o assunto...
ResponderExcluirmas, o foda que onde vc estiver ele vai estar junto por um bom tempo ainda... nas festinhas, casamentos, trabalhos...
estou contigo pinduca...