quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Meu problema com as bandas novas














Não conheço o Friendly Fires. Nunca ouvi o Fleet Foxes. Não acompanhei a “ascensão e queda” do Klaxons e da New Rave. Nunca me empolguei com o Arctic Monkeys. Não dei a mínima para a separação do Libertines e para os problemas com a polícia do seu ex-integrante Pete Doherty. Ainda chamo o Franz Ferdinand e o Arcade Fire de grupos revelação. Sim, eu devo admitir: tenho um problema com as bandas novas.

Eu não sei de onde vem exatamente esse meu desinteresse. Já mexi e remexi na minha consciência e não consigo encontrar uma resposta convincente para tal fato. Durante um tempo, cheguei a sustentar o discurso que essa nova geração era “muita pose e pouca música” e que o produto musical gerado por ela era apenas uma reedição fria do som feito em outras décadas (talvez pelo excesso de informação) — o que não chega a ser uma grande mentira. No entanto, de alguma forma, sei que outras bandas com as quais já me empolguei também se preocupavam com o estilo e punham os pés no passado: o que é o Soundgarden senão – de maneira grosseira — uma competente e estilosa mistura de Black Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin?

Uma outra explicação para a minha falta de ânimo com as bandas novas talvez venha do simples fato de eu não ser mais um garoto. Para sustentar essa teoria, já recorri àquele papo de que a música pop se recicla a cada 20 anos. Então, como os anos 80 foram a primeira década que acompanhei e os anos 90, a segunda, é natural ter me empolgado com as duas, por mais que elas tirassem do baú, respectivamente, as décadas de 60 e 70. Mas, com a virada do milênio, passei a não achar tão legal o fato de o Interpol e o She Wants Revenge se parecerem tanto com Joy Division ou mesmo o Franz Ferdinand ser uma espécie de Gang of Four dos tempos modernos. Afinal, eu vi boa parte desse filme antes.

Ok, já achei dois bons argumentos para não me empolgar com as bandas novas, mas isso não é o suficiente. Até porque conheço várias pessoas mais velhas do que eu que ainda gostam de estar antenadas com as novas tendências. Então, a pergunta permanece: — Por que as bandas novas não conseguem mexer comigo?

Já passei uma situação engraçada por causa dessa minha falta de interesse. Há cerca de um ano, reencontrei no Orkut um jornalista musical com o qual não falava havia alguns anos. Conversa vai, conversa vem, ele me perguntou o que eu andava ouvindo. Eu respondi que, das bandas novas, gostava de The Strokes, White Stripes, Queens of the Stone Age e Foo Fighters. Somente depois de apertar o botão de envio da mensagem é que notei que a banda mais nova citada por mim tinha quase dez anos!!! Naquele momento, acabara de revelar o quanto eu estava “out” e aquele equívoco aniquilaria qualquer chance de receber uma resposta de alguém tão antenado — o que de fato aconteceu!

O meu grande medo é que esse desânimo vá aumentando até o ponto de eu parar completamente de ouvir qualquer artista novo. Então, virarei um roqueiro igual a aqueles velhos cabeludos que vestem colete de couro dos Hells Angels, andam de moto estilo Harley Davidson e freqüentam shows do Creedence Clearwater Revisited. Tudo bem, acho que nunca terei uma Harley Davidson nem um colete de couro preto, mas, sei lá, posso virar uma espécie de roqueiro tradicionalista com camisa de flanela, que vai ao show do Frank Black na esperança de ouvir músicas dos Pixies.

Mas ainda tem uma possibilidade de destino pior. É o caso de uns amigos que começaram a curtir hardcore comigo e que, à medida que se tornaram punks radicais, foram ouvindo sons mais rápidos e pesados. Recordo-me que gostávamos de Exploited, GBH e Napalm Death e eles começaram a achar isso “som de playboy”, passando a ouvir somente a podreira do Carcass. Depois de considerarem Carcass leve demais, partiram para uma jornada sem volta rumo à banda Sore Throat — cujo disco de vinil tinha 101 músicas! Numa penúltima etapa, só ouviam o que chamavam de anti-música. A história terminou com meus ex-companheiros deixando seus discos de lado e passando a criar peixes ornamentais (!), pois qualquer emissão sonora ritmada e com um mínimo de melodia era considerada uma ameaça à dignidade deles.

Não me considero um extremista e acho difícil que o meu destino seja me dedicar a Bettas, Guppies e Espadas-sangue. Outro dia, por exemplo, fui a uma festa de rock “descolada” e até curti vários desses novos sons. Ainda não sei o nome da maioria das bandas, mas conheço o DJ e tentarei pegar informações sobre o setlist dele. Espero que tal ação me desperte interesse pela geração atual — até porque não dá para ficar ouvindo Led Zeppelin, The Clash e Bob Marley a vida toda.

Um aspecto positivo desse distanciamento, pelo menos, é não perder o meu tempo (e ânimo) com qualquer novidade e celebridade instantânea que surja a cada edição da revista inglesa NME - ou, no Brasil, a cada postagem do Lúcio Ribeiro. Nesse ponto, confesso que tenho até um certo orgulho de nunca ter caído na “armadilha” de um The Killers ou um Bonde do Rolê, o que me faz crer que a maturidade e o mal humor têm até suas vantagens. Pensando bem, eu não descartaria a hipótese de começar a pesquisar o preço dos aquários...

28 comentários:

  1. Vou te falar, pinduca: não sei se isso tem a ver com o fato de vc nào ser mais um garoto. Porque eu, como garoto, e vários outros garotos e garotas são muito mais céticos em relação a bandas novas tb, por um simples fato: bandas novas estrangeiras não são mais uma liderança criativa, EUA e Inglaterra não sugerem uma nova proposta para o rock, e isso já há algum tempo. Acho que hoje em dia, se alguém estiver a fim de ouvir e se informar sobre a história do rock, vai perceber que não rola mais de tratar bandas estrangeiras como vanguarda (apenas como hype), porque, no fundo, elas estão fazendo o mesmo que nós: copiar ou, na melhor das hipóteses, combinar influências antigas.

    e essas bandas tem carreiras muito estranhas. Pega o strokes: não acho o último disco ruim, mas é sem dúvida pior que o segundo, que tb é pior que o primeiro. O libertines surgiu como um fenômeno, e não durou mais que dois discos (ou foi apenas um?). O White Stripes sempre fez discos bons, mas a evolução criativa não é tão grande assim.

    como não preferir bandas com 6,7 discos bons a bandas com apenas um ou dois? daí a dificuldade de celebrar qualquer banda atual...

    abs

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  2. É, acho q o Pinduca tá é com muito cabelo branco...Nos anos 80 e 90 tinham tantas bandas descartáveis quanto hoje...E, goste ou não, nem sou muito fã também, mas The Killers lá fora é banda gigante, com carreira estabelecida, não foi o Lucio Ribeiro quem decidiu isso... E quem parece muito o Gang of Four é o Rapture, Pinduca...A melhor banda do mundo hoje em dia pra mim é o Kiss Kiss Karate Passion. Muito melhor q o Beat Happening e o We've Got A Fuzzbox and We're Gonna Use It juntos!

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  3. Excelente post Pinduca.

    Eu sou um ávido consumidor de musica nova. Acho que é um reflexo de DJ (inseguro) que procura se munir de várias musicas para encontrar diamantes e depois dizer que os "descobriu". De todos os playlists, releases e EPs que eu baixo, aproveito no máximo 10% (o mesmo vale para o ragga e o dancehall).

    Entretanto, quando eu for um coroa chato,eu vou falar pra molecada de algumas bandas dos anos 2000 (e pouco importa quando foram criadas. pra mim importa se tão lançando discos que nao sejam best of)

    - LCD Soundsystem
    - White stripes
    - QOTSA
    - Fleet Foxes (é foda sim!)
    - Major Lazer
    - Dizzee Rascall
    - MIA
    - Buraka Som Sistema
    - Yeah Yeah Yeahs
    - Peter Bjorn and John
    - Japandroids
    - Bat for Lashes
    - Foals
    - Clap your hands say yeah (só o primeiro disco)
    - Fever Ray
    - Royksopp

    e alguns outros

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  4. Miguel: Concordo com grande parte do seu ponto de vista, só não bato muito com os exemplos que você usou. Gosto dos três discos do Strokes e acho até que o último é um passo à frente em relação aos anteriores em algumas questões (mais diversificado e maduro). Quanto ao White Stripes, considero um bandão, com umas das carreiras mais sólidas da atualidade. De qualquer forma, o que você falou das bandas, em geral, faz todo sentido para mim.

    Gabriel: O que quero dizer no texto é exatamente isso: provavelmente as décadas de 80 e 90 são tão boas (e ruins) quanto a atual. De qualquer forma, talvez por estar mais velho (ou por outros motivos que não sei quais são), não ando com muito saco para as coisas novas.
    Quanto ao The Killers: não foi certamente o Lúcio Ribeiro quem fez a banda bombar mundialmente, mas o que quis dizer é que as pessoas muito ligadas em novidades costumam "comprar" todo tipo de banda nova. Quando vc desenvolve um senso crítico, não cai em armadilhas como os chatíssimos The Killers, que já foram vendidos pela imprensa como uma banda cool. Deste mal, eu não sofri.
    Ah, e sobre a semelhança entre Franz Ferdinand e Gang of Four: para mim é tão parecido quanto a versão do Skank de É Proibido Fumar e Apache Indian. Tire suas próprias conclusões da minha analogia (rs)

    Pedro: Valeu pelas dicas. Vou tentar ouvir o que não conheço da sua lista.

    Grande abraço a todos.

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  5. Hey Oto!

    É o seguinte:
    No atacado, a gente vende as camisetas por R$22 cada + frete.
    A grade mínima por estampa é: 1P, 2M, 2G e 1GG.
    A primeira compra tem que ser a vista, mas as demais a gente pode parcelar em até 3X no cartão.

    qqer duvida, fala aí.

    falouris,
    Pil

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  6. Bom, Pinduca. Eu sou assumidamente velho e chato, e talvez até aquilo que tu não queres te tornar: há anos que não oiço nada novo. Posso até dizer decadas. A ultima coisa realmente boa e original que ouvi data dos anos 90. O resto é para mim um enorme magma de merda entrecortado por esporadissiméricos toques de leveza. No meu livro, o pop dos anos 80 e toda a palhaçada que acompanhava destruiu a musica e depois a Internet e sobretudo a idiotice sem limites da industria musical veio acabar com o que havia de vida nesse planeta. Ainda existem alguns resistentes que lutam a contra-corrente mas, acho que vou continuar a poupar-me mais desilusoes e continuar a ouvir Electric Ladyland até que me arrebemtem os tímpanos.
    Paz!

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  7. Deixe os peixes fora disso, seu velho bastardo.
    Pare de escrever e vá tocar guitarrra. Assinado, Beto Cavani.

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  8. Também sou velho e chato, mas, o penúltimo do White Stripes, Get Behind Me Satan de 2005, é um disco muito bom.

    Abx

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  9. Pinduca,
    na verdade esse papo todo não tem nada a ver com música, pouco importa nesse caso se as bandas atuais são boas ou não. Trata-se apenas de questões existenciais. O que você precisa, mesmo é de uma boa terapia! ;)

    E no gosto, continuamos discordando: eu curto o Killers! Hehehe!

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  10. Fala Pinduca,

    Eu curto muitas coisas novas, os últimos que ouvi bastante foram Vampire Weekend, Fleet Foxes e Bon Iver, recomendo. Mas também sempre vejo o hype com desconfiança e acontece algo engraçado, deixo de ouvir um monte de coisa e descubro depois que deixei passar algumas coisas que gostaria dentro do hype. Aconteceu isso comigo recentemente com Bloc Party, que sempre ouvi falar mas nunca parei pra ouvir. Agora 5 anos depois do lançamento do disco deles descobri que acho legal, vale ouvir. Meio irregular o primeiro disco (Silent Alarm) mas com boas faixas.

    De vez em quando leio o Lúcio Ribeiro, pulo os quilos de baboseira e vejo se algo me interessa, Friendly Fires não interessou apesar de ele ter tentado empurrar goela abaixo, e de um amigo confiável ter ido a um dos shows e ter gostado. Pitchfork também navego de vez em quando, mas minha principal fonte de música nova é o Metacritic e mais recentemente a Last.fm.

    E gosto de Killers, fui uns meses atrás a um show matador, certamente entra nos meus top 10 de shows. O primeiro disco é muito bom, o segundo médio e o terceiro fraco, mas todos têm seus bons a excelentes momentos.

    Abraço!

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  11. Pinduca,

    Acho que você tem que montar uma banda nova e se divertir, está parado há muito tempo.

    Ou então eu deveria ter arrastado você comigo para o show do Carcass em BH, no ano passado. Foi excelente, bem distante talvez do que muito se imagina (um episódio dos carinhas dos "Normais" se metendo em um show de rock pesadão?).

    Enfim, normal é evelhecer. Não sei o que dizer, na verdade, pois não te conheço direito. Lamento pela falta de ânimo e espero que ela se vá em algum momento, sim. :)

    Sei é que quando estou de saco cheio com o cenário atual da música feita lá fora (a de Brasília nem vale comentar - desculpem-me, alguns amigos), vou no Metacritic e baixo discos quase que às cegas mesmo. O bom dali é partir da produção de veteranos (muitos desconhecidos) às novas sensações da parada da Pitchfork, Stereogum etc. e tal. É muita coisa e muita decepção também, claro. Se você tiver paciência um dia, fazer testes assim às vezes serve para dar um gás marotão pra coisa.

    Um abraço,
    Bruno.

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  12. Pil e Fernanda: Adorei as dicas de bandas novas que vcs passaram. Estou curioso para ouvir a banda 1P e também o grupo 1GG (rs).

    David: Seu comentário, apesar de soar conservador, tem um lado libertador também. Às vezes, a melhor coisa é mandar tudo à m* e ficar na nossa, ouvindo o que sabemos que faz a nossa cabeça.

    Beto: Estou descobrindo que ser blogueiro é bem mais legal do que tocar guitarra. Além disso, não preciso entrar em consenso com os outros membros do grupo para publicar um texto. Muito legal. Vou comprar uns peixes para vc também (rs).

    Renato: Também curto White Stripes de montão e também Racounteurs.

    Mari: Que mau gost..., quer dizer, que gosto diferente o seu: Janis Joplin daqui, The Killers de lá. Sobre as questões existenciais: acho que o terapeuta me incentivaria a comprar peixes o quanto antes.

    FU: O meu processo de rejeitar e aceitar um grupo é muito parecido com o seu. Também sou bastante desconfiado e isso, às vezes, nos faz "perder" coisas legais. Sobre o Killers: falam que o show deles é bom.

    Bruno: Valeu pelas dicas. Um amigo meu faz um processo parecido com o seu de ir baixando as bandas a esmo. Ele tem achado muitas coisas legais, como uma banda chamada Alkaline Trio. Tenho, realmente, que voltar a tocar. Vamos ver se rola um ânimo.

    Valeu a todos pelo comentário. Abraços.

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  13. Caras, de onde vem esta pilha de sempre estar próximo a uma grande novidade? Acredito que antes dos anos 80 já existiam os darlings do verão inglês. O fato é que temos a vontade de estarmos antenados e tal. E no meu caso - que discotequei algum tempo - estar 'por dentro' era fundamental.
    Passei um bom tempo correndo atrás do novo, e ainda tenho a esperança de descobrir uma grande coisa no que está sendo feita por aí, mas hoje as coisas são mmmuuuuiiiitttooo efêmeras neste atual estado globalizado das coisas ( perdoem-me este clichê...).
    Em trocados e miúdos: As novidades cada vez mais soam, e são, passageiras.
    Como não sou um dj tão atuante assim, e minhas pretensões musicais ( ainda ) não são nada hypes, bem, que venha o novo. E todas aquelas novidades de 30 ou 40 anos atrás que eu não tinha como ouvir pois o Brasil era muito longe do resto do mundo nos 80's...
    Não condeno as posturas radicais ( do tipo´SÓ ouço coisa nova ou SÓ ouço velharias ). Mas eu lembro da minha relação com os anos 90. Só botei fé que aquela época tinha coisas legais por volta de 1996. E por conta de um radicalismo (besta, ou conveniente, ou justo ) deixei de acomapanhar carreiras incríveis, que só recentemente pude ter o prazer de ouvir. Por exemplo? Enquanto só se falava de músca eletrônica, o Stone Temple Pilots estava lançando coisas pesadas; o Alice in Chains estava botando pra quebrar; mesmo o 'eletrônico' do Nine Inch Nails estava arrasando junto com o Ministry.

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  14. Sei muito bem o que é essa rabugice de velho. No meu caso, acho que a falta de tempo me tornou mais seletivo e dá mó preguiça de ficar fuçando "novidades", ainda mais essas bandas que vc citou, tenho certeza que vou tudo uma bosta. Desisti de encontrar banda melhor que Dead Kennedys. Comprei recentemente o box com 4 CDs do Bezerra da Silva, coisa fina. A banda mais nova que eu curto já deve ter mais de 5 anos é o Munipal Waste, trash punk fodão. Estou curioso pra ouvir uma bandinha nova chamada M. Roots, já ouviu falar? Abração!

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  15. Nada como um bom distanciamento temporal. As bandas só se consolidam quando são lembradas décadas depois. Não comparo nenhuma banda de hoje em dia com Gang of Four. Falta pungência tanto nas letras quanto nas canções de hoje em dia. Certos tão Josh Homme e Dave Grohl: chama o John Paul Jones e monta uma banda nova!

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  16. Pinduca, queria ver um texto seu sobre o disco de inéditas do Mutantes, hehehehe.

    Abs

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  17. Pinduca, acontece na música o mesmo que acontece em qualquer área da vida hoje em dia. Tudo aparece e some com uma rapidez avassaladora, desconcertante. Sei que é um lugar comum mas nossa cultura é a do fast food, mano. Só um maluco com extraordinária capacidade mental pra poder ficar por dentro das bandinhas que surgem a todo momento. Pessoas normais pinçam uma coisa ou outra de vez em quando e vão guardando na gaveta junto com os clássicos. E, na verdade, tudo que as bandinhas novas fazem é reeditar ou reprocessar os clássicos mesmo. Fodam-se!! Valeu o post! Maneiro!

    Abraços e beijos estalados do
    Sartorelli

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  18. Pessoal,

    Mil desculpas pela demora em uma resposta aos comentários. Tenho andado bastante ocupado e, infelizmente, sem muito tempo para o blog.

    Zeca: Você tem toda a razão. Realmente, temos que ter cuidado para que o radicalismo não nos faça perder bandas atuais legais. O problema é que, como você mesmo disse, as coisas andam muito efêmeras e o excesso de novidades (e de vibrações em torno delas) acaba cansando.

    Evandro: Pois é, como deu para sentir no texto, estou num esquema de rabugice também. Não sei se um dia vai passar... Espero que sim. Sobre o M. Roots: essa banda é velha e já estou enjoado dela (rs).

    Marcelo: Tô curioso para ouvir o Them Crooked Vultures (Dave Grohl + Josh Homme + John Paul Jones). Até o momento, só consegui ouvir uns trechos de músicas, que pareceram legais. De qualquer forma, sou meio descrente desses supergrupos. Muitos deles acabam virando algo como o ataque dos sonhos (do Flamengo): reúne craques, mas que não passam a bola ou não têm afinidade entre si. Sobre as bandas antigas: uma das minhas dúvidas é se elas eram mais pungentes mesmo ou se nós estávamos mais abertos a elas, por sermos mais novos. Eu acredito que seja uma mistura das duas coisas, com mais ênfase na segunda opção.

    Renato: Um amigo também me deu a sugestão de falar sobre a nova música do Mutantes. Não ouvi até agora, mas confesso que não estou muito interessado. Gostava das músicas feitas pelo trio (Arnaldo, Sérgio e Rita) e não me interesso muito pelas outras fases (progressivas). Mas vou tentar ouvir as músicas novas. Se rolar uma vibe positiva, escrevo algo.

    André: Também acho que esse excesso de informação está ligado à efemeridade das bandas novas. E, realmente, ficar atento a cada novidade que aparece é coisa para quem dispõe de muito tempo livre (jovens) ou quem é especialista no ramo (jornalistas musicais). O lance, como vc disse, é pinçar os artistas legais e guardá-lo com os clássicos. Mas sempre rola aquela dúvida: será que estou deixando passar algo legal? Bem, não dá para controlar esse tipo de coisa, né?

    Valeu a todos pela participação. Desculpem mais uma vez a demora numa resposta.

    Grande abraço.

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  19. Pinduca, chega aqui em casa um dia com a Manu, vem ver os filhotes de Yorkshire e eu te mostro 191 músicas de bandas novas que são muito boas, bicho. Aliás, antes de chegar no Lago Norte dá uma passada na casa do Gás e ouve o playlist dele. Devem ter mais umas 100 músicas anos 08/09 pra você curtir. Não dá para se lamentar: hoje não se fazem mais álbuns conceito, o lance é single. E single é coisa antiga. Quem tem os melhores singles é o melhor Dj? Abrex e manda um beijo pra Manu.

    Bruno Prieto

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  20. Passo por problema parecido, meu jovem (ou seria "meu velho"?). Quando me perguntam o que tenho ouvido de novidade, respondo "Beatles".

    Não conhecia seu blog. Abração.
    Cury.

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  21. Bruno: Tô afinzão de ver os filhotes da Feinha (que, na verdade, é muito bonitinha). Sobre as bandas novas: com certeza, existem ótimas bandas e eu preciso conhecê-las melhor. Na verdade, a minha idéia com o texto era mostrar o meu problema com essas bandas e não dizer que elas eram ruins. Eu mesmo gosto de várias: de Magic Numbers a Vampire Weekend!!! Mas eu quero que vc me dêem dicas, mesmo. O Ximeninho, mesmo, foi quem me apresentou o Black Lips, que eu achei bem legal.

    Pedrinho Grana: Coloquei uma citação sua no texto “A Admirável Arte de Fazer Tudo Igual”. Quem me falou sobre ela foi o Rafa. Sou seu fã e ainda não consegui ouvir seu trabalho novo (Pedrinho Grana e os Trocados).

    Cury: Legal que vc “descobriu” o blog. Eu tinha te incluído no mailing (um e-mail que começava com cury78...), mas sempre voltava. Também tô num esquema meio parecido com o seu de ouvir Beatles.

    Abraços a todos.

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  22. Bruno: Tô afinzão de ver os filhotes da Feinha (que, na verdade, é muito bonitinha). Sobre as bandas novas: com certeza, existem ótimas bandas e eu preciso conhecê-las melhor. Na verdade, a minha idéia com o texto era mostrar o meu problema com essas bandas e não dizer que elas eram ruins. Eu mesmo gosto de várias: de Magic Numbers a Vampire Weekend!!! Mas eu quero que vc me dêem dicas, mesmo. O Ximeninho, mesmo, foi quem me apresentou o Black Lips, que eu achei bem legal.

    Pedrinho Grana: Coloquei uma citação sua no texto “A Admirável Arte de Fazer Tudo Igual”. Quem me falou sobre ela foi o Rafa. Sou seu fã e ainda não consegui ouvir seu trabalho novo (Pedrinho Grana e os Trocados).

    Cury: Legal que vc “descobriu” o blog. Eu tinha te incluído no mailing (um e-mail que começava com cury78...), mas sempre voltava. Também tô num esquema meio parecido com o seu de ouvir Beatles.

    Abraços a todos.

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  23. eu vou aproveitar as bandas citadas nos comentários e baixar umas coisas novas pra escutar!
    :D

    Abs

    Rodrigo (amigo da Dani)

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  24. Fala, Rodrigo.

    Valeu pela visita ao blog. Pode baixar as bandas citadas no comentários e também (as criticadas) no texto: a maioria é legal. A propósito, tô com o teu "A Cura de Schopenhauer" até hoje lá em casa. Se quiser armar, posso levar na sua casa.

    abç.

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  25. caralho achava q era só eu q tava
    ficando velho. tudo a ver. assino em baixo. só não concordei com um comentário dizendo q uma tal banda era melhor q beat happening. melhor q beat happening só pastels e weather prophets.

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  26. Fala, Tubá. Valeu a vista e o comentário. Pastels (junto com Plato Divorak) é um verdadeiro clássico do Tupanzine.

    abs.

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  27. Cheguei um pouco atrasado, mas fica o link de um tumblr onde coloco discos "novos" para os amigos em geral, é só entrar, seguir as tags e baixar: bomgosto.tumblr.com. Sobre o post eu não sei nem o que comentar, concordo com quase todos os seus argumentos, mas acho que a vontade de continuar descobrindo coisas novas, de correr o risco de ser surpreendido, acho que tudo isso é mais forte. Abraço, d.spot

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