quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Reaprendendo a tocar as próprias músicas


Nos últimos dias, tenho me dedicado a uma tarefa inusitada: reaprender a tocar as músicas que eu mesmo ajudei a compor. Tudo porque a formação original do Maskavo Roots, banda que integrei até 1996, foi convidada para tocar na 12ª edição do festival Porão do Rock, que acontecerá no próximo final de semana na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Já faz 13 anos que não tocamos juntos, tempo suficiente para que esquecêssemos boa parte dos arranjos – e das frases de guitarra, no meu caso. Além das recordações dos momentos que passamos juntos, o interessante desse reencontro com o passado é ver como funcionava nosso comportamento e pensamento musical quase uma década e meia atrás. Como num filme da série De Volta para o Futuro, sinto-me como um velho Marty McFly observando à espreita a sua versão mais jovem e torcendo para que o garoto não cometa erros que possam desviá-lo de um bom destino. Mas como a irresponsabilidade e a falta de noção são marcas quase inerentes da juventude, o que nos resta é relevar os tropeços cometidos ao longo do caminho.

Gravamos o nosso primeiro disco muito jovens, numa faixa que ia dos 19 aos 22 anos. O ano era 1994 e nós tínhamos assinado contrato — numa filial do McDonalds em Ipanema, RJ — com o Banguela Records, selo recém-lançado pelos Titãs. Em pouco mais de um ano e meio, nossa vida sofreu uma reviravolta: saímos da posição de uma banda quase colegial, que fazia shows em festas no Park Way e em casas noturnas e bares da cidade, para começar a tocar em outros estados e conhecer pessoas que só víamos antes na televisão. Uma das nossas qualidades era não sermos blasés, e, por isso, achávamos graça e ríamos entre nós quando conhecíamos um membro dos Titãs ou de outra banda famosa.

Como não tínhamos muita noção de como funcionava a vida de um músico profissional, estipulamo-nos a ingrata tarefa de ensaiar todas as tardes da semana – e foi isso o que fizemos por quase dois anos, na chácara do saudoso Marcão Adrenalina (tio do nosso baixista Marrara), perto do Posto Colorado. Ao chegarmos para a gravação do disco em outubro de 1994 no estúdio Be Bop, em São Paulo, recebemos até elogios dos produtores Carlos Eduardo Miranda e Nando Reis pelo esmero com a execução e arranjo das músicas. Do nosso lado, achávamos que havíamos feito apenas a nossa parte, apesar de hoje saber que aquele esquema anormal de ensaios diários nos fez dar um salto musicalmente.

E, neste ponto, acho que uma das nossas maiores qualidades era sermos criteriosos: cada componente sabia muito bem as partes que o outro tocava, pois checávamos e rechecávamos se o que um fazia chocava com a parte do outro. Era uma atividade que chegava a ser maçante, num esquema meio “treinamento de trapezistas de circo chinês”, mas que, no final, rendia bons resultados. A outra face dessa moeda chamada perfeccionismo era a dureza em relação aos nossos erros, o que, junto com a própria divergência dos caminhos musicais a tomar, tornou parte da nossa convivência insuportável. Além disso, engessamos muitas boas idéias que poderiam ter decolado se não fosse pela nossa própria caretice e excesso de zelo pelo que era “correto”.

Um dos efeitos positivos da passagem de tempo é nos fazer recordar cada vez mais dos bons momentos, deixando os ruins para trás. Dentre as minhas ótimas recordações, está um show com o Chico Science & Nação Zumbi em 1994, num campeonato de surfe em Porto de Galinhas: além do astral praiano e da nossa boa apresentação, foi lá onde conheci vários amigos da cena roqueira pernambucana. Outro esquema interessante foi a abertura de um show do Jorge Benjor no Ginásio do Ibirapuera, no que seria o primeiro link ao vivo da MTV Brasil: naquela tarde, durante a passagem de som, vi um tímido Fred 04 se apresentando e entregando o primeiro disco do mundo livre S/A para o seu grande ídolo Jorge Ben(Jor). Até o estressante dia em que fomos literalmente apedrejados na abertura de um show gratuito dos Titãs, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, soa engraçado visto agora de longe.

A despeito das experiências em outros estados, o mais legal é lembrar do que vivemos em Brasília naquela época: shows no Bronx, na Zoona Z, no Barcanal, na Concha Acústica da UnB, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional e em tantos outros locais, ao lado de bandas amigas como OZ, Raimundos, Little Quail, Spigazul, Sunburst, Animais dos Espelhos, Low Dream, Firewood, Câmbio Negro, Depois das Três, El Kabong, Dungeon, Succulent Fly, Os Cachorros das Cachorras, DFC, Restless, Os Cabeloduro, Os Wallaces, entre outras. Trazendo para um plano ainda mais “íntimo”, chegam a ser emocionantes as memórias dos momentos em que nós sete, componentes da banda, passamos juntos: as brincadeiras e piadas nos ensaios, as soluções e idéias para a composição das músicas, as guerras de cuspe e fumaça anti-incêndio nas imprudentes viagens de carro interestaduais (uma delas sem o porte do documento do veículo!!!).

Quando lembro da minha versão aos 20 anos, costumo me achar um completo idiota: um sujeito meio inseguro, falastrão, agressivo, dono da verdade. O contato com as músicas antigas do Maskavo prova que, a despeito de algumas características negativas, talvez exista um preconceito de mim para comigo mesmo quando jovem. Sim, pois se aquelas músicas revelam uma forma de pensar muitas vezes ingênua, por outro lado, também mostram uma certa pureza de pensamento, um desprendimento e uma abertura em relação à vida e à música. Se hoje eu tenho que “penar” para tocar algumas frases simples de guitarra, talvez essa analogia do “correr atrás do que é puro” também sirva para outras áreas da vida.

29 comentários:

  1. O Zeca tá me mandando um texto sobre o MR, depois vê lá (tá prometido pra amanhã, pelo menos, hehehe)!

    Abrax

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  2. Que barato, Pinduca, me emocionei com as belas lembranças e muito mais ainda com a tua sensibilidade e abertura de coração. Me identifico muito com tudo o que vc disse e saiba que eu também tento guardar só as coisas boas. A propósito: eu tb tô aqui "ralando" pra desenferrujar os dedos e conseguir tocar os teclados! Abs, Quim.

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  3. Pô Pinduca, me lembro dessa época com a maior emoção, quando, você, meu irmão "pequeno", começou a revelar o seu talento e a sua sensibilidade. Sou sua fã, não só pelo sua criatividade, quanto pela sua doçura e acho que você deve resgatar a sua música com o mesmo amor que fez com que você embarcasse na grande viagem que foi a adolescência. A pureza é a coisa mais linda que existe. Da sua sempre admiradora, Patty

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  4. O disco do Maskavo Roots é um absurdo de foda não só nessa parte de execução, mas também na inspiração: arranjos maravilhosos, melodias muito boas e Pinduca já tocava bem pra caramba. Tenho aqui em casa em vinil.

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  5. é, essa banda era boa mesmo, ...
    eles até participaram do Rock Gol da MTV.

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  6. Gostei do texto Pinduca, assim como os outros que tenho lido aqui.
    tocha

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  7. Que maravilha ler seu post e ter vivido um pouquinho dessa história com vocês. Saudades desse tempo de juventude!! Valeu!
    Bruno

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  8. Pô, flashback é bóia! A gente se conheceu lá no Seaway, né?

    Eu me lembro de ter ido num ensaio de vocês, já depois do disco, e ter ficado de cara com o profissionalismo da banda. Bons tempos!

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  9. Caramba, Pinduca...me fez chorar...não que isso seja difícil, mas tá muito bonito!!!!! Olha, eu tento acreditar que a gente não perde essa pureza nunca. Ela fica ofuscada pelas 'chatices' da vida adulta, é verdade, mas seu texto mostra que ela tá aí.
    grande beijo
    Geórgia

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  10. É lógico que se eu soubesse que vc iria escrever sobre o Maskavo, eu não insultaria a sua inteligência tentando escrever algo melhor do que vc mesmo Pinduca!
    Um belo texto, muito sincero - em especial em sua auto-análise. Nesta última faltou uma coisa: Você também era ( e ainda é ) uma figura muito simpática. Por este motivo deixava para trás toda a sua suposta insegurança e agressividade.
    Mais um bom motivo para ir ao porão!

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  11. Pessoal,

    Muito obrigado pelas mensagens carinhosas.

    Renato: Li o texto do Zeca: uma visão de fora da banda, mas de um cara (sensível e antenado) que estava por dentro da cena. Obrigado a vcs dois.

    Bruno: Valeu pelo elogio e por acompanhar o blog.

    Queensriche: Vivemos esse momento especial de nossas vidas juntos. Com certeza, tinha muito mais coisa para colocar no texto, mas o relato ficaria gigante. A propósito, tava tirando as músicas até agora!!!

    Patty: Obrigado pela força e pela mensagem afetuosa. De minha parte, o sentimento de admiração e carinho é recíproco.

    Gabriel: Fico lisonjeado com os elogios ao Maskavo (e a mim), ainda mais vindo de um músico tão talentoso. Também tenho o disco de vinil do Little Quail, fruto do nosso escambo musical.

    Pedro: Talvez sejamos os maiores pernas de pau da história do Rock & Gol.

    Tocha: Fico felizão que vc esteja acompanhando o blog e gostando dos textos. Valeu mesmo.

    Tigrão: Você faz parte dessa história. Entre outros fatos, lembro até hoje de ver de cima do palco vc e o Jr. chegando e pulando no meio de show nosso no IATE (de abertura do segundo disco do Chico Science, eu acho).

    Zé: Foi naquele Seaway que a gente se conheceu mesmo. Depois, vc foi lá em casa me mostrar um zine e acho que uma fita do Conservados em Formol e outra do Paulo Francis Vai para o Céu. Lembro também do Coelho e acho que do Davi neste show de Porto de Galinhas.

    Geórgia: Fico feliz que o texto tenha lhe emocionado. Tenho a mesma visão que a sua sobre a ausência/presença da pureza. Uma vez, vi um monge budista dizendo que a nossa essência é como uma tela de cinema: o filme passa (pode ter sexo, violência ou o que for), mas ela (tela/essência) continua intacta.

    Zeca: Se o assunto é simpatia, eu sou a Aracy de Almeida perto de você. Seu texto ficou ótimo. Como disse para o Renato, é o relato de um cara de fora da banda, mas por dentro da cena brasiliense dos anos 90. Valeu mesmo.

    Luma: Obrigado. E vc, por qual continente anda?

    Grande abraço a todos e, mais uma vez, "brigaduuuuu".

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  12. Pinduca,
    soube da reunião hoje de tarde só. Acabo de comprar minha passagem pra Brasília. Nunca vi o Maskavo Roots na formação original. Vai ser lindo!
    abraços

    Melvin

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  13. E aí, Marcelo!

    Ótimo texto. Só discordo do trecho em que você se definiu como "um sujeito meio inseguro, falastrão, agressivo, dono da verdade".

    Na faculdade, o que eu me lembro era de você bem sereno, tranquilo, principalmente nas aulas do Som do Filme, que você apelidou apropriadamente de "O Sono do Filme". A aula ia de 2 às 6, a gente almoçava lá e tinha que ficar pra tarde. Era desumano.

    Um abraço, Marcelo. Estarei lá no show.

    Luiz Cláudio (Canuto)

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  14. pinduca, muito legal o texto.é legal saber dessas histórias, já que sempre fui um admirador distante.muito louco vocês ensaiarem diariamente... isso durou quanto tempo?
    lembro que a primeira vez que eu ouvi o maskavo roots foi viajando de férias com minha família, no verão94/95. o baldu colocou a demo de vocês pra tocar e eu lembro de ter roubado essa fita dele após esse dia. depois, roubei o cd e levava sempre pro sigma , pra escutar.nunca fui num show pois minha não deixava...poxa, e a primeira música que eu toquei em publico na minha vida foi ´´chá preto``, na semana cultural do sigma de 99.toquei bateria e o diego ( irmão do pedro ivo) cantou.
    sobre shows, eu vi na tv uma vez, se não me engano em sp, vocês abrindo pra alguém ( não lembro quem). sei que o salsicha estava de camisa, moletom e chinelo e após o show, que durou meia hora,falou:´´a gente vai parar de tocar porque o que é bom dura pouco``.
    acho que era esse do jorgen ben.
    enfim, que o show seja ótimo no domingo, que traga só ondas boas e que vocês consigam curtir ao máximo essa experiência .
    um abraço e até domingo.
    goma

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  15. ah sim, revisistar o passado e se ver de fora, com uma outra visão é sempre algo muito enriquecedor.Legal que esteja tendo essa onda e que tenha a pilha de compartilhar isso aqui.Acho massa estar participando do processo.Parabéns mais uma vez!

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  16. Melvin: Maneiro que vc vem, cara. Realmente, acho que, por reunir mais bandas brasilienses, essa edição do Porão tá menos divulgada em outros estados do que as anteriores. Mas legal que vc soube a tempo. Nos encontramos lá amanhã, então.

    Luiz Cláudio: Valeu pelo comentário. Realmente, o Sono (ou Sonho) do filme era uma matéria muito interessante. Lembro de ter aprendido que o Nagra, equipamento que grava o áudio do filme, só funciona com 12 pilhas grandes novas e... bem, acho que só foi isso que aprendi, mesmo. Nos vemos lá no show.

    Goma: Legal saber que vc curtia o Maskavo e que até já tocou uma música nossa. Pela sua descrição das roupas e comentários do Salsicha, não dá para saber a qual show vc assistiu, pois essas eram as marcas dele. Valeu pelos seus comentários sempre reflexivos e enriquecedores.

    abraços a todos.

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  17. de nada,o prazer está sendo meu. legal que os considera enriquecedores e reflexivos.
    estava conversando com a mariana cardoso sobre esse lance dos variados canais de comunicação pela net e como isso é meio doido. Essa é a primeira vez que eu sigo um blog e tem sido uma experiência diferente , um lance ´´pen pal`` da era moderna.estou achando legal, acho que vou procurar mais uns blogs pra seguir.

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  18. Acabei de chegar do show. Foi emocionante reviver esses momentos!

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  19. Cara, simplesmente me senti no ANF 09. Não me lemrbo de vocês terem tocado lá. Mas me lembrei disto! Foi um agradabilíssimo revival! Parecia que vcs 7 nunca se separaram. E melhor foi o repertório.
    Cara, tem noção do que é te ver tocando guitarra numa banda sem ser o Proto? Tu estava lá discretíssimo tocando com a maior concentração, e tal. No Proto, é um outro cara, uma presença que as vezes ofuscava os outros - ÓTIMOS músicos e grandes colegas da música, fique isto bem claro para o senhor Cristovam e dr. Pedro Ivo!
    Impressionante Pinduca. E sabe que minha esposa lembrou? Que o Prata e o Txotxa estavam recrutando meninas na porta do Objetivo para fazer teste para cantar no Maskavo!E convidaram minha futura esposa! Seus mercenários! Se ainda encontrar com todo mundo, por favor, made-lhes um grande abraço!

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  20. vim aqui também parabenizar pelo lindo show! desde o início, começando com ´´los grilos``, e com as entradas separadas do salsicha e da joana. muito bom mesmo!e pra fechar com chave de ouro, ´´besta mole`` e ´´bankshot`` ! lembrarei com muito carinho de ontem.
    teria sido perfeito se eu não tivesse perdido ´´45`` por causa de uma mega briga que rolou.

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  21. Pinduca,

    Assistir ao show ontem também foi reencontrar comigo mesma! Foi emocionante cantar, dançar e lembrar de todas as coisas que permeavam minha vida aos meus 16 anos, quando não perdia por nada um show do Maskavo.
    Coisas assim fazem a gente lembrar quem a gente realmente é, nossa história, nossas influências musicais, amigos que permanecem, tudo!

    Muito obrigada pelo excelente show!!!

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  22. Pinduca, foi demais, poder cantar denovo as músicas me deixou mais jovem. Acho até que meus cabelos voltaram a crescer ... =P

    Abraços.
    Boca.

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  23. O show de domingo me trouxe lembranças felizes da minha adolescência, muito obrigado por proporcionarem isso...
    clipclipuha.com

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  24. Rapaz, ler qualquer coisa sobre esse disco sempre é emocionante.
    Lembro que eu tinha (com 16 anos) uma banda de reggae aqui em Salvador e minha então namorada não gostava muito de reggae. Aí um dia vocês passaram no extinto TV Zona (acredito que a primeira vez em cadeia nacional) e logo depois ela me ligou perguntando:
    – Sua banda de reggae é como essa?
    Eu também estava completamente chapado com o que acabara de ouvir. Na escola, no dia seguinte, todo mundo comentou.

    Até hoje ouço muito esse disco que sempre me pareceu puro e ousado.
    Vocês tocaram Pixies em cadeia nacional!!!
    Uma vez, ainda naquele tempo, pra um fanzine que eu escrevia aqui em Salvador, te perguntei, pelo tel, com você já fora da banda, o que você achava desse disco, se achava ele tão incrivel assim e você respondeu que gostava, mas que mudaria muitas coisas nele. Eu perguntei "como assim mudaria?".
    Um absurdo pensar em mudar algo ali. Mas isso você percebeu agora. ;)

    E agora que falou do disco, podia falar como foi o show?
    Tem vídeos dos ensaios e outras coisas mais?
    Abração.
    Cury.

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  25. Marinelli, Zeca, Goma, Renata, Boca, Silvio e Cury.

    Desculpem a demora na resposta. Realmente, depois de uam semana exaustiva como a passada, tirei alguns dias de “férias” do blog. E o bicho também tá pegando no meu trabalho. Então, no pouco tempo livre que me tem sobrado, só vejo espaço para relaxar.
    Nós, do Maskavo, também gostamos bastante do show: ficou acima das nossas expectativas, tanto pelo lado técnico quanto pela “vibe” entre a gente e com o público. Tivemos muito pouco tempo de ensaio (sexta, sábado e domingo), mas a falta de tempo foi compensada pelo esforço de cada membro de pegar as músicas sozinho em casa.

    Quem sabe não fazemos como o Little Quail e passamos a fazer reuniões esporádicas da banda? O único problema, no nosso caso, é que temos que conciliar a agenda de sete pessoas – e não três, como o LQ.

    Marinelli: valeu a força.

    Zeca: valeu as lebranças do ANF. 09. Tocamos lá, sim, como Cravo Rastafari e como Maskavo Roots (acho que foram duas vezes).

    Goma: lembrei de vc quando incluímos Los Grilos no set.

    Renata: valeu pelo depoimento sincero e emocionado.

    Boca: Maneiro que vc gostou e que tenhamos lhe servido como Tônico capilar. E o ping-pong, como anda?

    Sílvio: Valeu mesmo.

    Cury: Lembro das nossas conversas por telefone. Sobre o lance de mudar coisas no disco: ainda mudaria uma coisa ou outra, mas bem menos do que na época em que nos falávamos. Na verdade, eu é que vivo mudando de idéia, dependendo do humor. Sobre o show: um pessoal de Brasília filmou. Assim que eu tiver acesso aos vídeos, tento colocar no You Tube.

    Obs: Para os leitores do blog que não conhecem o Cury, ele tocou bateria nas ótimas bandas baianas brincando de deus e ZecaCuryDamn e, no ano passado, lançou o elogiado livro (até pelo mal-humorado crítico Álvaro Pereira Júnior) Para Colorir, com crônicas bem-humoradas sobre o rock independente baiano e brasileiro. Como diria o Lobão na gravação da música Nós Vamos Invadir sua Praia, do Ultraje a Rigor: Eu recomendo!!!

    Grande abraço a todos.

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  26. CAra, não tenho dúvida em afirmar que minha entrada de vez na vida social, o meu "ganhar as ruas da cidade" tem participação fundamental do Maskavo. Lembro perfeitamente, nos idos de 1994 e 1995, meus primeiros anos de UnB, que cheguei a ir a uns 5 shows do Maskavo em fins de semana seguidos, em lugares que você citou aí, como Asbac, Minas, UnB, etc.

    Eu tinhauma mesada contada e comprava mais ou menos um CD por mês, quando muito. MAs lembro perfeitamente que, numa época que eu tinha no máximo uns 30 CDs, o do Maskavo (e o do Little Quail) estava lá.

    Para não dizer que tô fazendo média, porém, devo revelar que, algo como um ano depois, eu troquei o CD do Maskavo por um do Jimi Hendrix com meu amigo (e conhecido seu) João Marcondes, também da UnB.

    Mas, sobretudo, Maskavo é uma lembrança forte de um tempo muito bom da minha pós-adolescência.

    Parabéns pelo texto, pelo blog e pelo show no Porão.

    Abração!!!

    PS: Depois visita lá www.bolaetudo.blogspot.com

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  27. Felipe,

    É legal saber que participamos da sua entrada na vida social. Talvez seja o mais importante para uma banda: saber que fez parte da vida das pessoas. Só acho que vc vacilou em trocar o nosso CD por um do Jimi Hendrix com o João: poxa, nós fomos muito melhores do que aquele guitarrista hippie de Seattle (rs).

    abs.

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